quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dilma se emociona ao lembrar companheiros exilados de volta ao Rio

2/4/2014 15:14
Por Redação - do Rio de Janeiro


Dilma faz uma foto tipo 'selfie', junto com trabalhadores do Metrô do Rio
Dilma faz uma foto tipo ‘selfie’, junto com trabalhadores do Metrô do Rio
Durante evento no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff se emocionou nesta quarta-feira ao relembrar o retorno dos exilados da ditadura civil-militar. Dilma participou nesta manhã da cerimônia de concessão do terminal do aeroporto Tom Jobim, após uma inspeção nas obras do Metrô do Rio de Janeiro, que faz uma extensão do percurso com vistas à Copa do Mundo deste ano e das Olimpíadas na cidade, em 2016.
– Nessa semana, (esse evento) é de fato uma homenagem aos exilados nesse aeroporto que tem o nome de um grande poeta que fez a música ‘Samba do avião’”, disse a presidente chorando após narrar um trecho da canção e afirmar que ‘um exilado não volta para o Brasil, ele pousa’. Desculpem a emoção, mas de fato eu tenho certeza que as almas cantaram (ao ver o Rio). O Rio é um lugar de certa forma mítico em relação ao Brasil e tem esse símbolo para o país que conquistou a democracia – afirmou.
O consórcio que passará a gerir o aeroporto é formado pelas empresas Odebrecht Transport e pela operadora do aeroporto de Cingapura, a Changi Airports International, que juntas detêm 51%, e a Infraero (estatal que administra outros aeroportos do país), com os 49% restantes, a concessionária Aeroporto Rio de Janeiro passa a ser responsável pela administração do Galeão nos próximos 25 anos, a partir desta quarta-feira.
– Nossa expectativa em relação ao Galeão é bastante concreta. Eu acredito que a gente não tem que desbancar o aeroporto de Cingapura, considerado um dos melhores do mundo, mas impatar com ele – disse a presidenta, ao afirmar que o Galeão precisa de mais investimentos.
Segundo Dilma, o número de passageiros no Galeão subiu de 9 milhões para 17 milhões, entre 2006 e 2013 –um crescimento de 10% ao ano.
– Daí vem a pressão de oferta de maior qualidade e sabemos que que é preciso fazer muito mais por isso – disse.
Durante a cerimônia de concessão, houve um protesto em frente ao aeroporto contra o acordo. Contudo, os manifestantes ficaram no local apenas por alguns instantes. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o contrato exige que a concessionária construa 26 pontes de embarque e amplie o pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016; construa estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos até o fim de 2015; e adeque as instalações para o armazenamento de carga até os Jogos Olímpicos de 2016.
Apesar da concessão, continua a cargo da Infraero a conclusão das obras que já estão em licitação, já foram contratadas e estão em andamento. Assim, cabe à empresa pública, entre outras ações, ampliar o terminal de aviação geral, reformar e ampliar o Terminal 1 de Passageiros, a pista de pouso e o pátio de aeronaves.
Para a presidenta Dilma, o aeroporto internacional precisa oferecer serviços melhores para atender ao crescimento de demanda gerada pelo aumento da classe média no país. Ela lembrou que o número de passageiros no aeroporto do Rio cresceu de 9 milhões em 2006 para 17 milhões em 2013, um ritmo de 10% ao ano.
– É preciso que a cidade forneça serviços à altura dela. Uma parte da dificuldade que existe no Galeão é o fato de que o Brasil mudou. Mais pessoas entraram na classe média. São 42 milhões de pessoas, 55% da população. Isso exige um nível de tratamento de aeroporto de massa. A concessão é uma resposta ao desafio de transformar rapidamente as condições de funcionamento do aeroporto, compartilhando com iniciativa privada e assim vamos fazer mais investimentos – disse.
Ministro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco frisou que a concessão do Galeão estimula a concorrência.
– Reafirmamos a política de transformação da infraestrutura aeroportuária e o Aeroporto Internacional Tom Jobim é expressão disso. Quebramos os monopólios e estimulamos a concorrência com a iniciativa privada somando-se ao investimento público. É uma política corajosa de estímulo ao setor – afirmou.
Para o prefeito Eduardo Paes, a privatização do terminal é um passo “transformador para a economia do Rio de Janeiro”.

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