sexta-feira, 16 de novembro de 2018



Lula fez a juíza ‘perder a cabeça’ no depoimento; assista ao trecho

 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a juíza Gabriela Hardt, amiga do juiz-ministro Sérgio Moro, ‘perder a cabeça’ ao menos duas vezes durante o depoimento na quarta-feira (14) acerca do sítio de Atibaia (SP).

A primeira vez ocorreu quando Lula disse que o PT errou ao não orientar a militância para processar os procuradores do Ministério Público, no episódio do PowerPoint.“Quando vi o PowerPoint, falei que se fosse presidente do PT pediria a todos os filiados do partido abrissem processo contra o Ministério Público para que eles provassem”, afirmou Lula, que foi repreendido pela magistrada. Ela viu intimidação ao MPF.
“O senhor está intimidando a acusação assim, senhor ex-presidente. Por favor, vamos mudar o tom porque você está intimidando e instigando a acusação, o que eu não vou permitir”, retrucou Gabriela Hardt.
Na sequência houve mais um entrevero entre Lula e a juíza, que saiu em defesa de seu amigo — juiz-ministro — quando Lula afirmou que o doleiro Alberto Youssef foi monitorado durante 8 anos por Moro.
“A juíza se equivocou na sua fala. Moro monitorou sim, desde 2006, as ligações de Youssef. O primeiro pedido de grampo do delator do Banestado e da Lava Jato foi em 14 de julho de 2006. Moro autorizou o grampo em 19 de julho de 2006, e ele foi sendo renovado até Youssef ser preso em 2014. Tudo documentado. Lula confrontou Moro com essa questão em seu primeiro depoimento dizendo que o juiz tinha mais condições de saber os escândalos da Petrobras do que ele porque monitorava Youssef. Moro não questionou a fala de Lula em 10 de maio de 2017”, sustenta a defesa do petista.
O advogado Cristiano Zanin Martins afirma que o depoimento desta semana, na lava jato, foi mais uma grotesca farsa.
“Embora o Ministério Público Federal tenha distribuído a ação penal à Lava Jato de Curitiba sob a afirmação de que 9 contratos específicos da Petrobras e subsidiárias teriam gerado vantagens indevidas, nenhuma pergunta foi dirigida a Lula pelos Procuradores da República presentes à audiência. A situação confirma que a referência a tais contratos da Petrobras na denúncia foi um reprovável pretexto criado pela Lava Jato para submeter Lula a processos arbitrários perante a Justiça Federal de Curitiba”, aponta o defensor de Lula.
Assista ao vídeo:




domingo, 21 de outubro de 2018

Haddad vai ao Nordeste para tentar reduzir distância de rival

A estratégia do PT para a reta final da campanha de Fernando Haddad à Presidência prevê viagens ao Nordeste, região onde o petista teve melhor desempenho, e atos com setores da sociedade civil. No programa eleitoral no rádio e na TV, a campanha petista pretende manter a linha adotada desde o início do primeiro turno de mesclar a tentativa de desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL) com a apresentação de propostas.

As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que Haddad tem o desafio de superar uma larga vantagem do adversário no segundo turno. No Ibope e no Datafolha, o candidato do PT está 18 pontos porcentuais atrás do capitão reformado - Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, ante 41% do petista. 

O petista fez neste sábado campanha no Ceará dos irmãos Cid e Ciro Gomes, respectivamente, senador eleito e presidenciável derrotado do PDT. Em comício em Fortaleza, Haddad chamou o rival de "soldadinho de araque" e o acusou de montar uma organização para aplicar "dinheiro sujo" nas redes sociais contra o PT. 

Segundo o deputado estadual eleito Emídio de Souza, integrante da coordenação da campanha, o episódio envolvendo Cid e militantes do PT já foi superado e a ideia é tentar transferir os votos de Ciro para o petista. Durante ato pró-Haddad em Fortaleza, na segunda-feira passada, o irmão de Ciro Gomes disse que o PT vai "perder feio a eleição". Para Cid, os petistas teriam que pedir desculpas "e reconhecer que fizeram muita besteira". O senador eleito pelo Ceará depois reiterou apoio a Haddad. Ciro, terceiro colocado no primeiro turno da disputa presidencial, declarou "apoio crítico" ao candidato do PT e logo em seguida viajou para a Europa, mantendo distância da campanha de Haddad. 

O episódio Ciro foi o mais evidente da tentativa fracassada do PT de criar uma "frente democrática" com a participação de adversários - como o próprio pedetista e Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB - no segundo turno. Agora, Haddad decidiu investir no apoio de setores organizados da sociedade contrários a Bolsonaro.

Neste sábado, novas manifestações contra o candidato do PSL - aos moldes do protesto "Ele não" do dia 29 de setembro - ocorreram em ao menos oito capitais, como Rio, Curitiba e Brasília, com a presença de militantes a favor de Haddad. Na capital paulista, o ato lotou o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em Porto Alegre, a manifestação foi feita no Parque da Redenção, e teve a participação da vice na chapa do petista, Manuela d’Ávila (PCdoB).
Hoje, Haddad tem viagem marcada para São Luís (MA), ao lado do governador reeleito Flávio Dino (PCdoB). O encerramento da campanha também deve ser no Nordeste. As opções são a Bahia e Pernambuco.

‘Semana perdida’. Integrantes da campanha admitiram em conversas privadas que a primeira semana do segundo turno foi uma "semana perdida" por causa da desorganização provocada pela troca de comando entre a primeira e a segunda etapa da campanha. Petistas avaliam que a espera pelos apoios de Ciro e FHC, que não vieram, tirou a atenção da candidatura e fizeram Haddad perder a oportunidade de aproveitar o impulso por ter conseguido chegar ao segundo turno.

Nesta reta final, o PT vai explorar também politicamente as denúncias sobre a existência de suposto esquema de impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhatsApp, que seria financiado por empresas. A a ordem é tentar vincular Bolsonaro às fake news. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Haddad se destaca e Bolsonaro se enrola em entrevistas no Jornal Nacional


Haddad se destaca e Bolsonaro se enrola em entrevistas no Jornal Nacional



Os candidatos a presidente Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) foram entrevistados ao vivo nesta segunda-feira (8) no Jornal Nacional da Rede Globo de TV.
Haddad foi sorteado para ser o primeiro e iniciou saudando os eleitores e agradecendo a votação. Ela afirmou que durante a campanha do segundo turno serão confrontados dois projetos. “Nós estamos do lado da social democracia e do estado de bem estar social.” Afirmou.
As prioridades serão emprego e educação. “Defendemos a democracia com espírito desarmado e desenvolvimento social para todos”, completou Haddad.
Haddad afirmou que as reformas listadas em seu programa serão apresentadas através de emendas constitucionais. Uma das reformas será a tributária, para diminuir os impostos pagos pelos trabalhadores. Outra reforma será a bancária, para reduzir os juros e aumentar os investimentos. A terceira reforma será o fim do congelamento de gastos.
Sobre declarações de José Dirceu a um jornal espanhol, Haddad afirmou que Dirceu não fala pela sua candidatura e não participará de seu possível mandato.
A seguir, o vídeo com a entrevista de Haddad:
Em seguida, Bolsonaro foi entrevistado. Questionado sobre as afirmações autoritárias de seu vice, o candidato do PSL desautorizou o general Mourão como interlocutor de sua campanha.
Nitidamente nervoso, Bolsonaro buscou agradar setores do eleitorado, como os evangélicos e os nordestinos. Mas mostrou pouca segurança em suas propostas e no apreço pela democ