Os funcionários da Infraero do aeroporto de Campinas (Viracopos) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (21), manter, por tempo indeterminado, a paralisação iniciada à 0h de quinta-feira, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).
"Os trabalhadores de Campinas rejeitaram a oferta do governo, eles querem uma proposta concreta. A greve aqui continua", disse ao G1 o presidente da Sina, Francisco Lemos.
A decisão representa uma divisão entre os trabalhadores da categoria, uma vez que pela manhã os aeroportuários de Brasília e Guarulhos decidiram pela suspensão antecipada da paralisação, prevista para se estender até a meia-noite desta sexta-feira.
A retomada ao trabalho em Guarulhos e Brasília foi definida após a proposta do governo de retomar as negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores em relação ao modelo de concessão definido pelo governo para o setor, que prevê gestão pela iniciativa privada.
Reunião
Representantes do governo e dos funcionários da Infraero tinham acertado uma reunião para a próxima quarta-feira (26) para a retomada das negociações. Com a decisão dos trabalhadores de Campinas pela continuidade da greve, Lemos admite até a possibilidade da reunião ser cancelada. "Vamos ter que correr esse risco juntos", disse o sindicalista.
O diretor de Administração da Infraero, José Eirado, confirmou que o governo pode cancelar a reunião. De acordo com Eirado, uma das condições impostas pelo governo para reabrir as negociações com Sina é o encerramento da paralisação nos três aeroportos.
“Como os trabalhadores de Campinas decidiram continuar em greve, fica uma situação difícil para o governo, que vai ter que rever a sua posição de fazer a reunião na quarta-feira”, disse Eirado. O diretor da Infraero apontou que o governo tem esperanças de que a direção do Sina consiga convencer, ainda nesta sexta, os empregados de Viracopos a voltar ao trabalho.
Entretanto, a empresa já montou um grupo para reforçar, durante o final de semana, as equipes que continuam trabalhando em Campinas. Segundo Eirado, a adesão à paralisação no aeroporto era de 39% por volta das 15h30 desta sexta – no setor de cargas, a adesão chegava a 80%.
Por enquanto, a paralisação não tem afetado passageiros em Viracopos. A greve atingiu, principalmente, o transporte de cargas, onde estão sendo liberadas apenas as cargas vivas e perecíveis. Na quinta-feira, o superintendente da Infraero, Carlos Alberto Cardoso Alcântara, calculou em 800 toneladas o total de cargas paradas no aeroporto em decorrência da paralisação.
Propostas
Em documento apresentado ao sindicato pela manhã, a SAC propõe estabelecer a obrigação das concessionárias oferecer um programa permanente de formação, capacitação e aperfeiçoamento dos empregados; garantia aos funcionários que permanecerem na Infraero de participar na elaboração de um plano conjunto para a absorção e realocação dos empregados; obrigação da concessionária adotar a mesma data-base da Infraero; obrigação da concessionária assegurar aos seus empregados condições de trabalho equivalente ao oferecido pela Infraero; e período de estabilidade no emprego maior do que já foi estabelecido.
Segundo Lemos, se as negociações não avançarem, a greve pode se estender para mais aeroportos. “Vamos abrir para negociações. Se não acontecer, a greve vai ser diferente, a gente vai parar o aeroporto e não só esses três", afirmou. “O estado de greve continua até a quarta, porque a crise é muito grave entre o movimento sindical e o governo Dilma”, disse.
Brasília
Em Brasília, o diretor administrativo e financeiro do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Samuel Santos, informou que a paralisação foi suspensa por volta das 11h20. A categoria foi convocada pelo sindicato para retornar ao trabalho. Segundo Santos, os funcionários ficarão em estado de alerta até a próxima quarta, quando os trabalhadores vão debater a proposta.
Guarulhos
A assembleia dos aeroportuários de Guarulhos também aprovou que o pátio passará a operar em operação padrão. "Vai ser uma aeronave por vez no pátio", disse Lemos. O presidente do sindicato disse não saber afirmar qual impacto a medida terá na tarde desta sexta e no final de semana, como atrasos e cancelamentos de voo.
A assessoria de imprensa da Infraero de Cumbica informou que atualmente 700 pousos e decolagens ocorrem por dia no aeroporto e que impactos dessa operação somente poderão ser dimensionados ao longo desta sexta-feira.
Paralisação
Os funcionários da Infraero nos três aeroportos iniciaram uma paralisação de 48 horas nesta quinta-feira, em protesto contra o modelo de concessão definido pelo governo para o setor.
A principal reivindicação dos aeroportuários é em relação à manutenção das atividades-fim atribuídas aos funcionários da Infraero dentro do modelo de concessão dos aeroportos, e uma maior segurança em relação à estabilidade dos funcionários da Infraero.
A categoria pede estabilidade até 2020. De acordo com o Sina, em reunião realizada na quarta-feira, o governo teria chegado a sinalizar que poderia chegar a uma estabilidade até 2015.
A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som).
Se somados os empregados das companhias aéreas, de manuseio de bagagem e terceirizados, atuam em Guarulhos, Viracopos e Brasília entre 9 mil e 10 mil pessoas, informou a Infraero. Ainda de acordo com a empresa, houve realocação de funcionários para garantir a operação normal nos aeroportos.
"Os trabalhadores de Campinas rejeitaram a oferta do governo, eles querem uma proposta concreta. A greve aqui continua", disse ao G1 o presidente da Sina, Francisco Lemos.
A decisão representa uma divisão entre os trabalhadores da categoria, uma vez que pela manhã os aeroportuários de Brasília e Guarulhos decidiram pela suspensão antecipada da paralisação, prevista para se estender até a meia-noite desta sexta-feira.
A retomada ao trabalho em Guarulhos e Brasília foi definida após a proposta do governo de retomar as negociações sobre as reivindicações dos trabalhadores em relação ao modelo de concessão definido pelo governo para o setor, que prevê gestão pela iniciativa privada.
Reunião
Representantes do governo e dos funcionários da Infraero tinham acertado uma reunião para a próxima quarta-feira (26) para a retomada das negociações. Com a decisão dos trabalhadores de Campinas pela continuidade da greve, Lemos admite até a possibilidade da reunião ser cancelada. "Vamos ter que correr esse risco juntos", disse o sindicalista.
O diretor de Administração da Infraero, José Eirado, confirmou que o governo pode cancelar a reunião. De acordo com Eirado, uma das condições impostas pelo governo para reabrir as negociações com Sina é o encerramento da paralisação nos três aeroportos.
“Como os trabalhadores de Campinas decidiram continuar em greve, fica uma situação difícil para o governo, que vai ter que rever a sua posição de fazer a reunião na quarta-feira”, disse Eirado. O diretor da Infraero apontou que o governo tem esperanças de que a direção do Sina consiga convencer, ainda nesta sexta, os empregados de Viracopos a voltar ao trabalho.
Entretanto, a empresa já montou um grupo para reforçar, durante o final de semana, as equipes que continuam trabalhando em Campinas. Segundo Eirado, a adesão à paralisação no aeroporto era de 39% por volta das 15h30 desta sexta – no setor de cargas, a adesão chegava a 80%.
Por enquanto, a paralisação não tem afetado passageiros em Viracopos. A greve atingiu, principalmente, o transporte de cargas, onde estão sendo liberadas apenas as cargas vivas e perecíveis. Na quinta-feira, o superintendente da Infraero, Carlos Alberto Cardoso Alcântara, calculou em 800 toneladas o total de cargas paradas no aeroporto em decorrência da paralisação.
Propostas
Em documento apresentado ao sindicato pela manhã, a SAC propõe estabelecer a obrigação das concessionárias oferecer um programa permanente de formação, capacitação e aperfeiçoamento dos empregados; garantia aos funcionários que permanecerem na Infraero de participar na elaboração de um plano conjunto para a absorção e realocação dos empregados; obrigação da concessionária adotar a mesma data-base da Infraero; obrigação da concessionária assegurar aos seus empregados condições de trabalho equivalente ao oferecido pela Infraero; e período de estabilidade no emprego maior do que já foi estabelecido.
Segundo Lemos, se as negociações não avançarem, a greve pode se estender para mais aeroportos. “Vamos abrir para negociações. Se não acontecer, a greve vai ser diferente, a gente vai parar o aeroporto e não só esses três", afirmou. “O estado de greve continua até a quarta, porque a crise é muito grave entre o movimento sindical e o governo Dilma”, disse.
Brasília
Em Brasília, o diretor administrativo e financeiro do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Samuel Santos, informou que a paralisação foi suspensa por volta das 11h20. A categoria foi convocada pelo sindicato para retornar ao trabalho. Segundo Santos, os funcionários ficarão em estado de alerta até a próxima quarta, quando os trabalhadores vão debater a proposta.
Guarulhos
A assembleia dos aeroportuários de Guarulhos também aprovou que o pátio passará a operar em operação padrão. "Vai ser uma aeronave por vez no pátio", disse Lemos. O presidente do sindicato disse não saber afirmar qual impacto a medida terá na tarde desta sexta e no final de semana, como atrasos e cancelamentos de voo.
A assessoria de imprensa da Infraero de Cumbica informou que atualmente 700 pousos e decolagens ocorrem por dia no aeroporto e que impactos dessa operação somente poderão ser dimensionados ao longo desta sexta-feira.
Paralisação
Os funcionários da Infraero nos três aeroportos iniciaram uma paralisação de 48 horas nesta quinta-feira, em protesto contra o modelo de concessão definido pelo governo para o setor.
A principal reivindicação dos aeroportuários é em relação à manutenção das atividades-fim atribuídas aos funcionários da Infraero dentro do modelo de concessão dos aeroportos, e uma maior segurança em relação à estabilidade dos funcionários da Infraero.
A categoria pede estabilidade até 2020. De acordo com o Sina, em reunião realizada na quarta-feira, o governo teria chegado a sinalizar que poderia chegar a uma estabilidade até 2015.
A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som).
Se somados os empregados das companhias aéreas, de manuseio de bagagem e terceirizados, atuam em Guarulhos, Viracopos e Brasília entre 9 mil e 10 mil pessoas, informou a Infraero. Ainda de acordo com a empresa, houve realocação de funcionários para garantir a operação normal nos aeroportos.
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