domingo, 21 de outubro de 2018

Haddad vai ao Nordeste para tentar reduzir distância de rival

A estratégia do PT para a reta final da campanha de Fernando Haddad à Presidência prevê viagens ao Nordeste, região onde o petista teve melhor desempenho, e atos com setores da sociedade civil. No programa eleitoral no rádio e na TV, a campanha petista pretende manter a linha adotada desde o início do primeiro turno de mesclar a tentativa de desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL) com a apresentação de propostas.

As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que Haddad tem o desafio de superar uma larga vantagem do adversário no segundo turno. No Ibope e no Datafolha, o candidato do PT está 18 pontos porcentuais atrás do capitão reformado - Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, ante 41% do petista. 

O petista fez neste sábado campanha no Ceará dos irmãos Cid e Ciro Gomes, respectivamente, senador eleito e presidenciável derrotado do PDT. Em comício em Fortaleza, Haddad chamou o rival de "soldadinho de araque" e o acusou de montar uma organização para aplicar "dinheiro sujo" nas redes sociais contra o PT. 

Segundo o deputado estadual eleito Emídio de Souza, integrante da coordenação da campanha, o episódio envolvendo Cid e militantes do PT já foi superado e a ideia é tentar transferir os votos de Ciro para o petista. Durante ato pró-Haddad em Fortaleza, na segunda-feira passada, o irmão de Ciro Gomes disse que o PT vai "perder feio a eleição". Para Cid, os petistas teriam que pedir desculpas "e reconhecer que fizeram muita besteira". O senador eleito pelo Ceará depois reiterou apoio a Haddad. Ciro, terceiro colocado no primeiro turno da disputa presidencial, declarou "apoio crítico" ao candidato do PT e logo em seguida viajou para a Europa, mantendo distância da campanha de Haddad. 

O episódio Ciro foi o mais evidente da tentativa fracassada do PT de criar uma "frente democrática" com a participação de adversários - como o próprio pedetista e Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB - no segundo turno. Agora, Haddad decidiu investir no apoio de setores organizados da sociedade contrários a Bolsonaro.

Neste sábado, novas manifestações contra o candidato do PSL - aos moldes do protesto "Ele não" do dia 29 de setembro - ocorreram em ao menos oito capitais, como Rio, Curitiba e Brasília, com a presença de militantes a favor de Haddad. Na capital paulista, o ato lotou o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em Porto Alegre, a manifestação foi feita no Parque da Redenção, e teve a participação da vice na chapa do petista, Manuela d’Ávila (PCdoB).
Hoje, Haddad tem viagem marcada para São Luís (MA), ao lado do governador reeleito Flávio Dino (PCdoB). O encerramento da campanha também deve ser no Nordeste. As opções são a Bahia e Pernambuco.

‘Semana perdida’. Integrantes da campanha admitiram em conversas privadas que a primeira semana do segundo turno foi uma "semana perdida" por causa da desorganização provocada pela troca de comando entre a primeira e a segunda etapa da campanha. Petistas avaliam que a espera pelos apoios de Ciro e FHC, que não vieram, tirou a atenção da candidatura e fizeram Haddad perder a oportunidade de aproveitar o impulso por ter conseguido chegar ao segundo turno.

Nesta reta final, o PT vai explorar também politicamente as denúncias sobre a existência de suposto esquema de impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhatsApp, que seria financiado por empresas. A a ordem é tentar vincular Bolsonaro às fake news. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Haddad se destaca e Bolsonaro se enrola em entrevistas no Jornal Nacional


Haddad se destaca e Bolsonaro se enrola em entrevistas no Jornal Nacional



Os candidatos a presidente Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) foram entrevistados ao vivo nesta segunda-feira (8) no Jornal Nacional da Rede Globo de TV.
Haddad foi sorteado para ser o primeiro e iniciou saudando os eleitores e agradecendo a votação. Ela afirmou que durante a campanha do segundo turno serão confrontados dois projetos. “Nós estamos do lado da social democracia e do estado de bem estar social.” Afirmou.
As prioridades serão emprego e educação. “Defendemos a democracia com espírito desarmado e desenvolvimento social para todos”, completou Haddad.
Haddad afirmou que as reformas listadas em seu programa serão apresentadas através de emendas constitucionais. Uma das reformas será a tributária, para diminuir os impostos pagos pelos trabalhadores. Outra reforma será a bancária, para reduzir os juros e aumentar os investimentos. A terceira reforma será o fim do congelamento de gastos.
Sobre declarações de José Dirceu a um jornal espanhol, Haddad afirmou que Dirceu não fala pela sua candidatura e não participará de seu possível mandato.
A seguir, o vídeo com a entrevista de Haddad:
Em seguida, Bolsonaro foi entrevistado. Questionado sobre as afirmações autoritárias de seu vice, o candidato do PSL desautorizou o general Mourão como interlocutor de sua campanha.
Nitidamente nervoso, Bolsonaro buscou agradar setores do eleitorado, como os evangélicos e os nordestinos. Mas mostrou pouca segurança em suas propostas e no apreço pela democ